quinta-feira, 7 de maio de 2009

Roleta

Certa vez um homem, que o nome não lembro ao certo, disse, no auge de sua sabedoria que: "O cristianismo é uma aposta sem riscos." 
A vida é, acima de tudo uma grande aposta. Um conjunto de loterias, roletas e caça-niqueis. Tudo que se faz ou deixa-se de fazer, baseia-se em apostas. Como um investidor de bolsa de valores. Sempre se tem uma noção do que pode, provavelmente acontecer. Sempre se imagina, se planeja. Apostamos no futuro, em algo distante, ainda que esteja a uma semana. 
A análise necessária antes de se apostar é a seguinte: riscos de se errar, ou a sorte da dádiva de acertar. O problema é quando apostamos tudo o que temos. Apostamos com a nossa vida. Não importa quanto se ganhe, o que se tem na conta, em um banco suíço. Todos somos iguais após a morte, e isso é o mais importante. Não importa a desigualdade anterior. Depois do último suspiro, os homens tem o mesmo valor. E a aposta se faz em vida. Você pode fazer o que quiser. Se Cristo foi uma farsa, você pode viver muito bem até os seus sessenta, setenta anos. Porém, imagine se, após morrer, você percebe que tudo aquilo que disseram era verdade. Jesus era uma verdade. O que aqueles malucos gritavam era verdade. Seria tarde demais. Mas, quando se vive para Cristo, disso não se tem medo. E, além disso, o cristianismo ensina como se viver melhor na terra. Em sociedade, em família, como indivíduo. 
Já vi várias pessoas perderem tudo na vida, quando apostam todo o capital. Seu capital é, essencialmente, a sua vida. Cuidado com apostas arriscadas.
Minha opinião? Viva para Deus em todo tempo. Quando você conseguir, poderá me responder com certeza, que a sua aposta trouxe vários lucros.
É sua a decisão

Ricardo Motta

Um comentário:

  1. Não sei quem disse a frase do texto, mas a visão do cristianismo como uma aposta remonta ao filósofo Blaise Pascal.

    Na verdade, além de ser uma aposta, cristianismo é um penhor: Você entrega tudo aqui, para receber algo melhor no além.

    É ainda um salto no escuro, como disse Kierkgaard. Nos aventuramos a seguir um Deus que não vemos, em que a prova da sua existencia e da nossa esperança se reduz a fé (Hb 11.1).

    Portanto, cristianismo sem dúvidas não existe. Há lacunas em nosso conhecimento que jamais serão preenchidas. Seguir a Cristo é apostar que tudo o que Ele disse é verdade. Não adianta "apologizar" tudo: As almas sinceras hão de admitir. Não temos todas as respostas (embora tenha respostas suficientes). Não tenho toda a fé (embora Cristo me aperfeiçoa em fraqueza). Não sei tudo sobre Deus (mas confio que ele sabe tudo sobre mim, e isso basta).

    Abraço fraterno,

    Leonardo Gonçalves.

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